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Se 1925 foi o ano em que Fitzgerald nos deu a conhecer a vida luxuosa e desbragada de uma elite nova-iorquina, ou Kafka mergulhou nas profundezas da condição humana em “O processo”, ou então James Hilton colocou-nos perante os grandes dilemas morais na sua utopia “Horizonte perdido”, Hitler publicou o primeiro volume da sua bíblia negra que milhões de pessoas por todo o mundo absorveram num êxtase fervoroso.
Esta duplicidade retrata bem a autêntica montanha-russa que caracterizou o ano de 1925.
Os anos entre as guerras
Parte 1 de 5
Os catorze pontos bem intencionados
(publicado em Junho de 2025)
Em 1925, o primeiro-ministro italiano começou a utilizar o título Il Duce (“O líder”) ao mesmo tempo que abandonava todos os princípios democráticos, assumindo oficialmente o cariz ditatorial e totalitário do seu governo. Uma década e centenas de assassinatos políticos depois, estabelece o seu título definitivo: “Capo del Governo, Duce del Fascismo e Fondatore dell'Impero».
O seu nome era Benito Amilcare Andrea Mussolini.
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Os anos entre as guerras
Parte 2 de 5
Paz, pão, terra e poder para todos os sovietes.
(publicado em Julho de 2025)
Os governos e as classes dirigentes europeias receavam a ameaça da subversão que vinha de leste. Os proprietários e a classe média temiam a revolução bolchevique e rapidamente tornaram-se permeáveis aos movimentos que prometiam a ordem política, estabilidade económica, o fim da agitação social e, a cereja no topo do bolo, eram ferozmente anticomunistas. Por isso contra-atacaram, esmagando os revolucionários e, pouco a pouco, conseguiram repor a ordem. Uma ordem autoritária e repressiva.
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Introdução: os anos entre as guerras
(parte de 3 de 5)
Ventos de estabilidade
(publicado em Agosto de 2025)
O novo governo democrático alemão via o Tratado de Versalhes como uma "paz forçada" (Diktat). Embora a França, que havia sofrido mais danos materiais do que os demais membros dos "Quatro Grandes", insistisse em impor condições muito duras aos perdedores, na verdade, o Tratado acabou por não ajudar a solucionar as disputas internacionais que haviam dado origem à Primeira Guerra Mundial. Pelo contrário, ele interferiu na cooperação inter-europeia e intensificou os problemas subjacentes que haviam provocado a Guerra.
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Introdução: os anos entre as guerras
(parte de 4 de 5)
Paris é uma festa!
(publicado em Setembro de 2025)
Esta, foi a época que Paris foi retratada pela escrita de Hemingway. Foi lá, perto do Sacré Coer e das Follies Bergeres com o Moulin Rouge ao fundo, que se juntaram Picasso, Dali, Man Ray, Jean Cocteau, Scott e Zelda Fitzgerald, Josephine Baker e tantos outros. É dali que sai, em 1924, das mãos de André Breton, o Manifesto Surrealista que vai agitar toda a arte durante décadas. É na voragem destes anos loucos que Gabrielle Chanel lança o famoso nº5, provavelmente o perfume mais famoso de sempre.
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Introdução: os anos entre as guerras
(parte de 5 de 5)
A quinta feira negra
(publicado em Outubro de 2025)
Neste clima de euforia generalizada, o boom da bolsa de Nova Yorque passou a ser essencialmente especulativo. Ou seja, a bolsa começou a subir, não de forma paulatina e sustentada, mas dando enormes saltos. A alta da bolsa foi acontecendo, não como consequência da realidade económica mas sim com base na trajetória de crescimento precedente: ou seja, a alta suscitava a alta.
Dito de outra forma: a febre da especulação e a paixão pelos ganhos fáceis pareciam não ter limites e a enorme procura de títulos fazia subir o seu valor.
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1925,
o ano em que os bois
invadiram a capital
(publicado em Novembro de 2025)
A monarquia portuguesa nascida em Guimarães, mortalmente ferida na Rua do Arsenal, acabaria por expirar em Outubro de 1910 na varanda da Câmara municipal de Lisboa. Era o tempo das repúblicas, um tempo que se mantém até aos nossos dias. Apesar de vivermos na mais democrática, pacífica e estável das três repúblicas que Portugal conheceu, ventos de uma escura direita, anunciam agora uma quarta, num saudosista regresso ao passado ditatorial.
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